Que personagem somos nós?
- Rangel G. Godinho
- 6 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Após alguns anos, em um encontro casual, dois jovens amigos se encontram e por um breve momento conversam, trocam sorrisos e contatos de email. Ficou no ar o desejo de cultivar a presença do outro que num breve momento lhe fez tão bem.

Por email um novo encontro é marcado, será dia 12 de junho às 17 horas, contudo, o rapaz adoece e enfraquecido decide enviar um email comunicando que não poderá mais estar no compromisso marcado. Entretanto, não há nenhuma resposta da moça quanto ao recebimento daquela informação, então o rapaz, embora esteja doente, decide ir ao local marcado da mesma forma.
Ao chega ao local primeiro que a moça, o jovem aguarda ansiosamente sua presença. Quando ela chegou o ambiente ganhou mais energia, o jovem sentiu que até o Sol brilhou mais forte.
Os dois se cumprimentam e começam a conversar. O rapaz fala da moça sobre o email, ela então diz “Não precisava vir, eu entenderia”. Mas, o rapaz responde “Como em um bom romance o rapaz não pode deixar a moça esperando”.
Os dois sorriem e a moça indaga “Então você é um personagem de um romance?”. Com leveza no olhar o rapaz diz “Sim, um dos melhores”.
Diante dessa resposta a moça, um pouco apreensiva, questiona “Quando o verei como de fato é?”, assim, o jovem afirma “Jamais!”.
A jovem, com certa insegurança, pergunta o porquê daquela afirmação, com um olhar descontraído o rapaz diz “Sempre me esforço para ser o melhor personagem que posso ser”. Querendo saber o desfecho daquela conversa a moça pergunta ao jovem “E qual personagem você quer ser?”. Sem rodeios ele responde “Eu mesmo!”.
Rangel Gomes Godinho Texto escrito em 02 de julho de 2012.
Fonte da imagem: Google Imagens.
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